Das velhas notações, de tempos fenecidos,
Copio, com carinho, o que me foi legado
Por irmãos, pais, avós, tios e primos queridos,
Dos quais nada mais há que um retrato apagado.
Se, automaticamente, os dedos vão e vêm,
O pensamento não: esse voa em vertigem,
Ao sabor do que diz uma data que alguém
Rabiscou, sem saber, que eram marcas, origem,
Para a gente lembrar fatos, coisas, lugares...
“E os rostos, bom Jesus?! E os sóis? E os luares?
E a fogueira no chão da cozinha de terra?...”
E os dedos vão e vêm... E o pensamento erra
Pelo tempo que foi e que volta na idade
Com sabor de canção, nos braços da saudade!.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
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